Freguesia de Bandeiras

Bandeiras ,Terra da Boa Nova

História da Freguesia

Situada no município insular da Madalena, a freguesia de Bandeiras dista cerca de 6 quilómetros da sede concelhia. Tem por orago Nossa Senhora da Boa Nova, celebrada todos os anos, no dia 8 do mês de Setembro.

Localizada na Ilha do Pico, cujo povoamento se iniciou cerca de 1460 com naturais do Norte de Portugal, após escala na Terceira e na Graciosa, tendo como primeiro capitão-donatário Álvaro de Orneias, que não chegou a tomar posse efectiva da ilha, pelo que esta veio a ser incorporada na capitania do Faial. A freguesia de Bandeiras está assente na Madalena, que foi elevada a vila, em 1723, confirmando a sua importância económica como porto de ligação com o Faial, por onde se realiza o comércio com o exterior, e também como local de residência dos proprietários dos imensos vinhedos da zona, já então produtora de vinho.

Administrativamente, a freguesia de Bandeiras esteve anexada ao concelho de S. Roque do Pico, pela extinção do concelho de Madalena em 1895, contudo voltando a este, aquando da sua restauração três anos mais tarde.

Bandeiras apresenta como património cultural e edificado: a Igreja Matriz, as ermidas da Senhora dos Milagres, de Nossa Senhora do Desterro e a de S. Caetano, o Império do Espírito Santo e o Salão Paroquial Pio XII.

No aspecto económico, os habitantes desta freguesia, que se distribuem pelos lugares de Cachorro, Cais Maroto e Cabeço Chão, dedicam-se essencialmente à agricultura, sendo esta uma actividade tradicional em Bandeiras, pois é uma freguesia fortemente ligada ao ciclo do verdelho e à prosperidade que esta cultura trouxe à Ilha do Pico a partir do século XVIII, de tal modo que ainda hoje, a vitivinicultura é uma das principais actividades destas gentes. De facto, o verdelho do Pico tem, há mais de duas centenas de anos, fama internacional, sendo apreciado em vários países, nomeadamente na Inglaterra, América e Rússia, onde em tempos chegava à mesa dos czares. Contudo, a ilha sofreu, em meados do século XIX, o ataque do oídio (fungo ou poeira-da-vinha) que destrói as vinhas, levando uma recuperação lenta à base de novas castas, o que obrigou à implantação de outras actividades, sendo aquelas a que ainda hoje, mais se dedicam os residentes na freguesia: a pecuária, a serração de madeiras e o turismo.